Em certo sentido o potencial de sentir medo existe porque cumpre uma função evolutiva. Em sua vertente “inteligente”, o medo nos afasta e nos protege do perigo, seja de um perigo presente ou antecipado.
Como o medo favorece a proteção da vida é bem provável que nossos ancestrais mais cuidadosos e cautelosos sobreviveram e se reproduziram, enquanto os imprudentes demais sucumbiram nas garras do predador.
Assim, de certo modo, o medo favorece a vida.
A criança, por exemplo, tem medos que a protegem de situações para as quais não se sente pronta para lidar, como medo de cair, medo do escuro, medo de se afogar, etc. Estes medos a protegem de se expor a um possível perigo, até que tenha habilidades suficientes para lidar com a situação, como ter aprendido a nadar, por exemplo.
Nosso corpo tem um “aparelho de medo” muito desenvolvido e atuante. Porém, algumas vezes atuante demais.