A pessoa com Transtorno de Pânico geralmente passa o dia num estado de ansiedade razoável. O nível de ansiedade pode variar ao longo do dia, mas está sempre lá, causando desconforto, apreensão e expectativa que algo ruim possa acontecer.
O padrão emocional da pessoa é como um copo de água que está quase cheio, onde falta muito pouco para transbordar. É só entrar um pouco de água – no caso, preocupção mental, excitação fisiológica ou emocional – e o copo transborda, levando a uma crise de pânico.
A pessoa vive num estado pré-crise, com um nível basal de ansiedade alto, com pensamentos negativos, alerta mental, respiração curta, etc.
Precisamos trabalhar para diminuir o nível da água do copo, desorganizar o padrão de ansiedade, pois assim a pessoa se torna menos vulnerável a ter novas crises. O foco não deve ser só no controle das crises, mas em trabalhar sistematicamente para regular o nível de ansiedade basal que deixa a pessoa predisposta a inundações, a ter novas crises de pânico.
(por Artur Scarpato)