A ansiedade não é boa nem ruim. É uma emoção, um estado mental e corporal que se ativa sempre que nossa mente avalia uma situação como tendo riscos potenciais. O disparador pode ser o pressentimento de algo incerto ou a antecipação de uma situação futura temida.
Há um lado positivo na ansiedade. Podemos imaginar, por exemplo, a ansiedade que antecede uma apresentação numa reunião de trabalho ou a participação numa competição esportiva. A ansiedade tem um papel relevante na preparação para o enfrentamento destas situações, ativando a máxima utilização dos recursos internos para um bom desempenho.
Pouca ansiedade poderia levar a uma atitude de negligência e a uma preparação insuficiente para se obter bons resultados.
Um grau ótimo de ansiedade, por seu lado, ativa um estado de alerta e prontidão adequados, preparando a pessoa para lidar bem com desafios que podem se apresentar.
Quando a ansiedade é excessiva, por outro lado, pode haver paralisia, descontrole e comprometimento da performance.
Geralmente o excesso de ansiedade decorre de se exagerar na avaliação dos riscos envolvidos e de se subavaliar os recursos internos para se lidar com a situação. Outro fator importante para uma experiência de ansiedade excessiva é quando a pessoa está ansiosa mas acredita que “deveria” estar calma. Por não aceitar e não tolerar sentir ansiedade ela passa a entrar em conflito, a brigar com o que está sentindo e acaba ficando ainda mais ansiosa.
É fundamental aprender a tolerar certo nível de tensão e ansiedade que é natural em qualquer situação desafiadora.
Aprender a lidar com a ansiedade e saber agir sob seu efeito é um recurso importante para se obter bons resultados nas diversas situações da vida.
(por Artur Scarpato)