Uma das metas da psicoterapia é restaurar o sentimento de segurança. Após experiências traumáticas como perdas, acidentes, doenças, rompimentos, traições, entre outros, a pessoa permanece presa num estado de ameaça, muitas vezes por anos após o evento .
Estar no campo da ameaça pode tanto significar ficar preso num estado hiperativo ou hipoativo. No estado hiperativo o sujeito fica com graus aumentados de alerta, ansiedade, inquietação e irritação. No estado hipoativo fica abatido, desligado, congelado e sem esperança. Tanto o estado hiperativo como o hipoativo emergem de um sistema cristalizado no campo da ameaça e insegurança em decorrência de traumas não processados.
O estado de segurança, por seu lado, favorece a saúde, a curiosidade, alegria, criação de vínculos e a abertura para novas experiências.
Temos três estados básicos (segurança, hiperativação e hipoativação), descritos pela Teoria Polivagal de Stephen Porges, que são bússolas de orientação no trabalho com o trauma.
Localizar onde alguém está neste continuum que vai do estado de segurança aos diferentes graus do estado de ameaça (hiperativação e hipoativação) nos aponta o que devemos fazer para sair do campo traumático em direção a restaurar a segurança e a saúde.
ESTADO DE SEGURANÇA -> -> -> -> -> ESTADO DE AMEAÇA
por Artur Scarpato