O continuum segurança – ameaça no campo do trauma

Uma das metas da psicoterapia é restaurar o sentimento de segurança. Após experiências traumáticas como perdas, acidentes, doenças, rompimentos, traições, entre outros, a pessoa permanece presa num estado de ameaça, muitas vezes por anos após o evento . Estar no campo da ameaça pode tanto significar ficar preso num estado hiperativo ou hipoativo. No estado…

Quando a catástrofe temida já foi vivida

A mente ansiosa teme o futuro, esperando que algo ruim aconteça. É comum na Síndrome do Pânico a pessoa temer uma catástrofe, como perder totalmente o controle, enlouquecer ou morrer. A perspicácia de Donald Winnicott (*) lhe permitiu perceber que o maior temor de uma pessoa, pode na realidade já ter sido vivido. A catástrofe temida…

O Quarto do Medo

Imagine um quarto especial em que você sente ansiedade assim que entra. Enquanto estiver no quarto, a ansiedade não passa, podendo ficar mais ou menos intensa, mas sempre presente e sem nenhum motivo aparente. Ficando neste quarto você pode perceber os tumultos em seu corpo como a aceleração do coração, a respiração ofegante, o suor…

Destravar o Estado de “Fuga sem Saída”.

As sensações de uma crise de pânico são como a de se sentir ameaçado mas sem escapatória. Há ativação de repostas corporais de fuga mas ao mesmo tempo há paralisia, gerando uma sensação de aprisionamento, impotência e desespero. Neste estado “travado”, de fuga sem saída, a mente se projeta para o futuro, imaginando consequências catastróficas:…

Observar e Aceitar para Perder o Medo de Sentir Medo

Os ataques de pânico são episódios de intensa ansiedade acompanhadas de reações corporais, pensamentos catastróficos e sentimentos de desamparo. Geralmente, durante um ataque de pânico a pessoa imagina catastroficamente que suas reações sairão dos limites de uma simples reação emocional, transformando-se em algo muito pior como morte súbita, perda de controle irreversível, enlouquecimento etc. Apesar…

O cineasta do terror em nossa mente

A pessoa ansiosa vive tomada de preocupações, expectativas sobre algum perigo que ronda, algo que possa dar errado, que ela possa passar mal… Sua mente é produtora de pensamentos e imagens em série que antecipam perigos e criam cenários catastróficos. A pessoa vive voltada para o futuro, interpretando os dados atuais como indicadores potenciais de…

Do Controle à Confiança

A ansiedade deriva de um sentimento de vulnerabilidade. Estar ansioso indica que me sinto sob alguma ameaça. O perigo/ameaça pode vir de dentro ou de fora de mim, pode ser um estado interno que eu não dou conta ou uma situação que oferece alguma ameaça para mim. No estado de ansiedade este perigo é indefinido,…

Enraizar a presença no aqui e agora

O estado mental da pessoa ansiosa é caracterizado por flutuações no processo de atenção. A atenção passa a oscilar entre estados de dispersão e estados de preocupação excessiva. A mente passeia, sai de um devaneio perdido para se fixar em alguma preocupação ansiosa. Surgem preocupações sobre tragédias que poderiam acontecer, levando a pessoa sofrer por…

Os Quatro Padrões de Resposta Frente ao Perigo: lutar- fugir – congelar – desfalecer

A reação de ansiedade/medo faz parte de um sistema de comportamento defensivo construído pela evolução para enfrentar perigos. Este sistema detecta um perigo e produz respostas que visam aumentar a probabilidade de sobrevivência numa situação avaliada como perigosa. Há algumas reações básicas que o organismo apresenta numa situação de perigo. A fórmula mais conhecida de…

Trabalhar a ansiedade através do corpo e das cognições

A experiência humana é integrada. A ansiedade, que é um fenômeno emocional, se manifesta também nos níveis corporal e cognitivo. No plano cognitivo ela aparece como preocupações, catastrofizações, antecipação de perigos, etc. No plano corporal se expressa em tensões musculares, taquicardia, respiração curta, pelos eriçados, etc. No plano emocional a ansiedade é vivida como estados…

Intensidades e Cognições: as duas dimensões da ansiedade

O ser humano apresenta uma dimensão intensiva, de excitações emocionais e físicas e uma dimensão cognitiva, de processamento de informação e atribuição de sentido. Na psicoterapia atuamos sobre estas duas dimensões, tanto regulando as intensidades através de técnicas de auto-gerenciamento e da regulação pelo vínculo, como trabalhamos para reestruturar o processo cognitivo. Nos transtornos ansiosos…

Emoção muito intensa ou baixa tolerância? O dilema da ansiedade nos casos de Pânico

Podemos ver dois lados numa pessoa ansiosa e “assustada” com seus acessos de ansiedade. Por um lado a vemos como alguém com excesso de emoção, alguém que reage com intensa ansiedade a cada mudança na paisagem interna, de emoções e reações corporais. Este seria um desequilibrio quantitativo. Para lidar com ele utilizamos várias estratégias para…